2024
Éter propõe uma contemplação da relação entre a flora e a energia vital. Observando as árvores que se deixam levar pelo vento, emerge uma imagem quase humana: ramos e folhas tornam-se membros, braços, mãos e dedos que se erguem em direção ao céu, num gesto de procura ou de entrega. Partindo dessa analogia, a peça transfigura esse impulso natural, de conexão, de expansão, para um ambiente aquático, onde matéria e movimento se fundem. Em Éter, o gesto vegetal assume uma dimensão simbólica, evocando uma pulsação silenciosa entre a terra, a água e a luz, entre o corpo e aquilo que o transcende.
40 x 35 x 35 cm
Faiança branca vidrada
Anotio, 2024